O ano é novo, mas a luta é permanente

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O ano é novo, mas a luta é permanente

Virou o ano e nada mágico aconteceu

6 de janeiro de 2022

Por Julimar Roberto

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Virou o ano e nada mágico aconteceu. Não começamos 2022 mais prósperos e Bolsonaro ainda está na presidência. A nação continua um caos e as mesas cada vez mais esvaziadas. Não que o Feliz Ano Novo seja um embuste, ele apenas não é mágico e depende extremamente de nós para melhorar.

Minha primeira meta para 2022 já não deu certo. Acredito que tenha sido a mesma da maioria das pessoas: ganhar na Mega Sena da Virada. Como isso não aconteceu – ao menos comigo -, focarei integralmente na segunda, bem mais importante que a anterior, que é eleger Luiz Inácio Lula da Silva presidente do Brasil.

Eu sei que as pesquisas sinalizam nosso “bom velhinho” em disparada na frente dos demais concorrentes em todas as simulações. Mas também sei que as coisas não serão tão simples assim.

Lula ficou preso três anos por conta de um golpe político-jurídico-midiático que foi muito além do que sonha nossa vã filosofia. A elite liberal e conservadora do país uniu todas as forças possíveis e imagináveis, aqui e no exterior, para inviabilizar a candidatura daquele que sempre foi reconhecido como o melhor governante que esse rincão tupiniquim já teve.

Estremeço só de imaginar quais serão os próximos passos desses que não suportaram a ascensão de 36 milhões de brasileiros e brasileiras que saíram da miséria e deixaram de passar fome, ou o ingresso de negros e pobres nas universidades, e até mesmo o simples direito de gente humilde ser tratado como cidadão.

Se eles derrubaram uma presidenta democraticamente eleita, prenderam sem provas um homem inocente e elegeram um palerma, não se darão por vencidos quando Lula despontar na frente durante a apuração dos votos nas eleições de outubro. Seria muita ingenuidade se acreditássemos nisso e acho mesmo que ninguém acredita.

Assim como acho que o país vai virar um barril de pólvora. Todos devem concordar que nos últimos três anos tudo está em polvorosa. Não só pela pandemia ou a crise econômica, é algo além. As pessoas estão agressivas e deram vazão a um monte de feridas morais que se tornaram mais purulentas e latejantes.

Essa explosão de intolerância levou a um lamentável aumento nos casos de feminicídio, racismo, homofobia, e tantas outras formas de agressão que ceifaram milhares de vidas e sonhos. Nunca se matou tanto por tão pouco. Nunca a vida humana foi tão desvalorizada.

Por isso nossos passos precisam ser bem acertados, firmes e seguros, em direção à eleição de Lula e nossa reconstrução enquanto nação. Não deixando nos levar pelo sentimento de ‘já ganhou’ e, principalmente, prezando pela segurança de militantes, cabos eleitorais e eleitores.

Em 2018, mais de 42 milhões de brasileiros e brasileiras não validaram seu voto, votando em branco ou anulando, ou mesmo se abstendo desse ato democrático. Um total que corresponde a 30,87% dos eleitores. Isso demonstra a descrença de nosso povo no processo político enquanto agente transformador da nossa realidade e serve de alerta quanto ao árduo trabalho que temos pela frente.

Mas não ousaremos esmorecer. Afinal, a libertação de nosso país depende de cada um de nós e as mais de 600 mil vidas perdidas, os 14 milhões de desempregados e os mais de 19 milhões de brasileiros que passam fome todos os dias nesse país são motivos suficientes para não pararmos um único minuto de lutar.

#ForaBolsonaro


Julimar Roberto

Comerciário e presidente da Contracs-CUT

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