Que jesus é este de alguns evangélicos?

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Que jesus é este de alguns evangélicos?

Mas que jesus é este destes evangélicos que defendem a posse de arma e fazem arminha em plena marcha que deveria louvar ao Senhor?

Por Dimas Roque – Jornalista para brasil247

21 de junho de 2019, 09:28 h Atualizado em 21 de junho de 2019, 10:24

De tudo que já se leu sobre a vida do Filho de Deus, Jesus Cristo, de tudo que já foi pesquisa, inclusive por ateus, em nenhum momento de sua existência na terra ele teve um único ato de intolerância, nem mesmo com os sacerdotes que planejaram a sua entrega para a morte.

No livro de Mateus 27 na Bíblia Sagrada Jesus é entregue a Pilatos. “Quando rompeu o dia, todos os líderes dos sacerdotes e anciãos do povo se reuniram para planejar como iriam condenar Jesus à morte”. Não foram as prostitutas, os homossexuais, os mendigos nem ladrões que o entregaram para ser julgado pela autoridade de Roma, foram os religiosos da época.

É verdade que Pilatos até tentou não condenar aquele homem que estava em sua frente. Não adiantou, pois, um grupo de pessoas teria recebido dinheiro para ir até o pretório, residência onde ficava o então governador da Roma Antiga, e agitar a massa pedindo a condenação do Filho de Deus. E tiveram êxito. Como sabemos, foi libertado Barrabás, um salteador e assassino.

Este foi o Filho do Altíssimo, humilhado e morto pelas mãos dos judeus em Israel. Que ao encontrar um jovem rico, piedoso e cumpridor dos mandamentos ouvi desse rapaz, (Mateus 19,16-26) “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” e lhe respondeu, ““Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. A conversa seguiu e o rapaz perguntou mais uma vez, “quais?”. Foi então que ouviu “Não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe, ama teu próximo como a ti mesmo”. “Já observo tudo isso. Que me falta ainda?”, lhes falou novamente o rico rapaz. Foi quando Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”.

Ao ouvir as palavras do Santo Homem, o rapaz se foi embora. Para ele era mais importante ter a sua riqueza que a possibilidade de uma vida nova, cheia de graça ao lado do Senhor.

Pois bem, hoje aconteceu na cidade de São Paulo a marcha para jesus (letras minúsculas mesmo). Contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro e de muitos dos ricos líderes religiosos. Independente do ato em si, que contou, segundo seus organizadores, com a presença de milhões de pessoas, que na minha opinião, estavam lá para louvar a Jesus não consigo entender como em um encontro religioso, alguém faça gesto com as mãos que signifiquem uma arma. Ou mesmo que falas tenham sido feitas destilando ódio a minorias.

Os evangélicos, aqueles que vão aos templos religiosos de várias denominações não são isto que estamos vendo através de seus líderes. Eu conheço muitos, mantenho amizade e não vejo nestas pessoas a concordância com o que se tornou este movimento fascista, ocupando inclusive os púlpitos das igrejas com pregações recheadas de ódio e que buscam induzir suas ovelhas.

Assim como aconteceu no pretório, quando se comprou a opinião das pessoas para acusarem Jesus, agora, pastores usam televisões, rádios, redes sociais e pregam a animosidade entre contra os que não os seguem. Para eles, não ser evangélico é o maior pecado. Para conseguir apoios, vendem facilidades, riquezas imaginárias e um lugar no Céu, mas não sem antes cobrar por isto.

Mas que jesus é este destes evangélicos que defendem a posse de arma e fazem arminha em plena marcha que deveria louvar ao Senhor?

Sim, eu sou Cristão!

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